terça-feira, 6 de abril de 2010

Universidade japonesa inventa robô jornalista


Quando entrei na Universidade, o primeiro princípio que aprendi foi que o papel do jornalista é selecionar, contextualizar e informar notícias de interesse público, com qualidade, coerência e criatividade. Mas você já imaginou esse papel tão humano sendo realizado por uma máquina?
Pois é, esse futuro pode estar perto. Cientistas japoneses, da Universidade de Tóquio, desenvolveram um robô-jornalista capaz de realizar entrevistas, buscar informações na internet, julgar a relevância, escrever sobre o assunto e ainda publicá-lo em um site.
Dessa maneira, embora seja muito cedo para afirmar, os robôs substituiriam boa parte dos jornalistas, reduzindo ainda mais as já enxutas redações.
Em seu Twitter, Charlie Catlett, pesquisador norte-americano dos Laboratórios Argonne National, especializado em pesquisas robóticas, mostrou-se otimista e contente com o avanço das pesquisas japonesas. "Por combinar o mundo real e pesquisa na internet, o jornalista robô é um passo adiante com relação a outros sistemas automáticos. Espere algum tempo e robôs como esses poderão se tornar valiosos para a produção de notícias em toda parte", comentou Catlett.
A curto prazo, uma das propostas para o robô-jornalista é que ele seja utilizado nos campos de guerra, cobrindo a maior parte dos detalhes, filmando, fotografando e reportando pela internet cada acontecimento.
Por um segundo, lembrei-me dos artesãos durante a Revolução Industrial no século XIX, entrando nas fábricas e destruindo as máquinas, como um ato desesperado de uma classe que desejava inutilmente reaver o trabalho e a sua importância dentro da sociedade da época. Por fim, eles perderam, e as máquinas ganharam e ganham até hoje cada vez mais espaço.
Será esse um futuro possível para nós jornalistas? Será que assim como os artesãos foram meramente substituídos por máquinas, nós, jornalistas humanos, também seremos? Essa é uma pergunta sem resposta imediata, mas que sucinta, em mim, muitos questionamentos e apenas uma certeza: os robôs - “jornalistas do futuro” - não irão reinvidicar maiores salários, descanso semanal remunerado e melhores condições de trabalho.

3 comentários:

Unknown disse...

Só faltava isso mesmo, sermos substituidos por robôs. Ao invés de inventerem robôs para substituir jornalista,deveriam criar modos de contribuir para um mundo melhor, não tirar o trabalho que pode ser feito por nós (humanos), vão pesquisar a cura de doenças, ajudar os país que sofreram com o terremoto, coisas mais úteis e quem ajudaram as pessoas de maneira de forma mais útil.

Larissa disse...

acho q não os robôs não nos substituirão
poderia até ser para as coisas triviais
mas acho q não pega nosso lugar, imagina vc fazer uma entrevista com um robô
entrevista tem muita coisa, é complexa é extremamente humanística
não tem como mandar um robô

Beijoss e Parabéns!!

Mel Teófilo disse...

Logo, logo, o robo vai colocar, em seu twitter pesquisas nas quias se mostra otimista e contente!

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